quinta-feira, 7 de junho de 2018

Librolândia 2018.1,Ana Carolina Brito Ariadne Sampaio, Carolina Targino, Daniela Ferreira, Gilmario, Isadora, Maria Beatriz Valença, Maria Sofia, Melinna e Mylena1


Alunos: Ana Carolina Brito, Ariadne Sampaio, Carolina Targino, Daniela Ferreira, Gilmario, Isadora, Maria Beatriz  Valença, Maria Sofia, Melinna e Mylena

No dia 30 de Maio o curso de Medicina CESMAC realizou, com os alunos do 2º período, a Librolândia, atividade desenvolvida pelo docente Joilsom Saraiva, sobre os sinais em Libras que foram ministrados na sala de aula durante esse semestre, onde os alunos desenvolveram esses sinais no  banner para apresentar no holl da universidade, mostrando  vários sinais que podem ser usados na hora da consulta médica, a exemplo das formas de como se realizar uma anamnese, exame físico e solicitação de exame ao paciente surdo. "Precisamos buscar uma forma urgente de inclusão da comunidade surda, que a muito tempo viveu e  vive à margem da sociedade. Estamos fazendo a nossa parte formando médicos com as qualidades necessárias de atender o surdo na sua Língua Brasileira de Sinais na consulta médica".  


Prof. Joilsom Saraiva

21 comentários:

  1. Desde pequena, eu costumava ver alguns professores meus (que trabalhavam em associações para deficientes) comentando sobre o aprendizado de Libras para sua formação em pedagogia e aquilo sempre me despertou curiosidade; contudo, não tive a oportunidade de aprender durante meus tempos de escola e muito menos nos anos de preparação para a faculdade. Sendo assim, quando soube que estudaria Libras durante o segundo período do curso, fiquei extremamente feliz e ao mesmo tempo assustada, com medo de não conseguir dar conta diante da enorme quantidade de matérias e, de certa forma, medo de não ter segurança o suficiente para conseguir me comunicar com um surdo na prática. Embora a existência de alguns desafios deixasse o nosso tempo de contato com a Libras mais curto, o que tivemos foi extremamente proveitoso e enriquecedor para mim, não apenas retirando o meu “medo de falar com um surdo” como também me dando coragem para despertar um diálogo com aqueles que são invisíveis por boa parte da sociedade (em certos momentos fora da faculdade que eu me deparei com surdos, arrisquei algumas palavras e aquilo os deixava até surpresos, visto que poucas pessoas o abordavam para querer saber de suas histórias). Devo confessar que fiquei extremamente surpresa com a velocidade com a qual aprendemos os quesitos básicos e hoje eles acabam saindo naturalmente (acredito que até passei a gesticular mais), o que só mostra a efetividade do método aplicado na disciplina, que de nenhum modo foi maçante.
    O fato de conhecermos mais um pouco dos desafios enfrentados pelos surdos (por meio de filmes, vídeos e relatos de experiência passados em sala de aula) também me fez ter uma auto avaliação acerca dos meus comportamentos em relação a pessoas deficientes; por muitas vezes, acabamos isolando essas pessoas da sociedade sem perceber, com pequenos gestos e atitudes que saem naturalmente devido ao nosso processo de criação (um exemplo disso é associar “surdo” e “normal” como antônimos ao invés do “ouvinte”). Entender a forma de comunicação e a história do outro é essencial para que façamos essa reflexão e isso foi muito bem trabalhado no semestre.
    A interatividade na sala também me ajudou muito a ficar confortável na hora de aprender alguns sinais; não houve julgamentos acerca dos erros (que foram muitos de início, visto que falar com as mãos não é fácil para quem nunca teve esse hábito) e boa parte de nós estava realmente interessado em absorver o conteúdo e este foi fluindo de forma natural e divertida.
    Acredito que o tempo foi insuficiente para que chegássemos a um aprendizado total, todavia, o passo inicial foi dado e cabe a nós, como estudantes e futuros profissionais da saúde, continuar a praticar e não deixar com que a Libras se torne apenas um “conteúdo que passou e acabou”. É por meio dela que poderemos trazer um pouco de integralidade ao atendimento médico e, sobretudo, criar vínculo com os pacientes surdos, que sofrem tanto com episódios de constrangimento e preconceito na hora do atendimento. Espero que a Libras nos acompanhe em mais momentos do curso e que assim possamos estar cada vez mais próximos da compreensão efetiva da linguagem de sinais. Tenho certeza que, para mim, foi mais do que um componente acadêmico e sim, verdadeiras aulas que me tornaram alguém com maior empatia e segurança.

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    1. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida, nas aulas e sua vida com surdo, espero que possa ajuda-los no futuro

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  2. Quando criança, somos educados e doutrinados sob a ótica do respeito ao próximo e pelo princípio da igualdade, porém vivemos em uma sociedade que não é igualitária, cada pessoa possui sua singularidade e deve ser tratada levando em conta a dignidade humana.
    Na disciplina de LIBRAS muito mais do que somente aprender uma das linguagens de sinais, passamos a compreender um pouco da história dos surdos no mundo e as dificuldades por eles enfrentadas na busca por uma sociedade mais inclusiva, que os compreendesse e que garantisse seus direitos. Os trabalhos e atividades desenvolvidos na disciplina foram muito importantes, pois nos trouxeram um pouco das perspectivas da comunidade surda e nos levou a uma melhor compreensão da língua de sinais, por meio de filmes, seminários, aulas expositivas e por fim pela oficina Librolândia, atividade essa que nos estimulou a aprender novos sinais, formar frases e estabelecer possíveis diálogos utilizando a LIBRAS.
    Aprender LIBRAS mostra-se essencial para a formação médica, pois devemos compreender o que nos é dito, mesmo quando essa comunicação não se da por palavras, e dominando essa linguagem além de dar autonomia aos surdos garantimos também o sigilo médico-paciente e podemos levar mais conforto e segurança ao paciente que nos procura.

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  3. Eu já compreendia que aprender Libras é muito importante para que haja a inclusão das pessoas surdas na sociedade, mas percebi que no curso de medicina é imprescindível o seu ensino, pois, o atendimento ao paciente surdo deve ser feito de maneira que ele se sinta confortável, acolhido e sua privacidade seja mantida. Logo, minha experiência com a disciplina foi ótima a partir do momento que entendi verdadeiramente sua importância, algo que não demorou muito, entretanto, acredito que ainda tenho muito que aprender para que no futuro eu saiba atender todos os meus pacientes com a mesma atenção e dedicação.

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  4. No início, minha experiência com libras foi um pouco difícil por não ter nenhum conhecimento prévio dos sinais. Mas, com o tempo vi que era o diferencial que eu levaria para o meu futuro profissional, pois, poucos são os médicos que dominam a linguagem de sinais. O professor soube muito bem ministrar o conteúdo abordado em um pequeno espaço de tempo, além de ter elaborado projetos que facilitaram nossa compreensão, fazendo com que nós percebêssemos a importância da inclusão de pessoas surdas na sociedade. Por fim, espero que nos próximos períodos seja feita uma conexão de libras com outras matérias, e, principalmente, tenhamos o contato com a população surda, que é essencial no nosso processo de aprendizagem.

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    1. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida. Vamos lutar para que isso aconteça.

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  5. Diversos idiomas são falados no nosso país, e a língua portuguesa, mesmo sendo a primeira língua oficial, não consegue abarcar as diferenças quanto as formas lingüísticas, face a existência dos diversos grupos sociais predominantes, que são muitas vezes esquecidos. Discutir a acessibilidade desses grupos é de fundamental importância, além de ser de extrema necessidade para que o aprimoramento dos profissionais da área médica torne real e possível a difusão de conhecimentos, bem como das técnicas e habilidades, afim de compreender e analisar as reais necessidades do paciente, favorecendo com isso a diminuição de barreiras lingüísticas, sociais, entre outras inúmeras existentes entre os ouvintes e surdos. Sabemos que a realidade está distante da perfeição, ou até mesmo de uma mínima garantia de acesso a saúde com profissionais capacitados a utilizar a libras na pratica médica. Hoje, eu particularmente, tenho uma visão diferente de quando ingressei na faculdade. Mesmo possuindo outra graduação na área da saúde, nunca fui despertada a ter um olhar diferenciado, e percebo o quão isso é falho no ensino da saúde em especial, mas sei que isso é geral nas demais áreas. Desta forma, a inclusão da Libras na grade curricular do ensino médico não é apenas importante, é muito necessária. O profissional da saúde deve ter obrigação de entender o que o paciente deficiente auditivo diz. A dor, angústia e medo desses pacientes não é menor que a dos outros, talvez seja até maior diante das dificuldades que eles sabem que irão encontrar. O aprendizado da língua requer empenho, no entanto, o estímulo, bem como o incentivo ao uso, faz com que desperte para um olhar diferente que pense na inclusão, e se coloque no lugar do outro. Assim, posso dizer que hoje eu penso diferente, e me arrisco a dizer que a turma se sensibilizou com tudo que nos foi apresentado no decorrer das aulas.

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    1. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida. te desejo que possa aprender essa língua que requer empenho, no entanto, o estímulo, bem como o incentivo ao uso, faz com que desperte para um olhar diferente que pense na inclusão na sua futura profissão.

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  7. O ensino das LIBRAS é sem dúvida muito importante, uma vez que ela é considerada a segunda língua oficial do nosso país. No entanto, esse ensino é por vezes negligenciado pelas instituições educacionais. Na contramão disso, o CESMAC proporcionou nesse semestre aos alunos do segundo período, um contato com essa língua que é de extrema importância para a prática médica, nós, alunos, pudemos comprovar isso no decorrer das aulas. Aulas estas que foram muito bem ministradas pelo professor Joilsom, ainda que em um período curto, bem como as atividades didáticas, que de forma dinâmica nos levaram a obter mais conhecimento sobre o assunto. Como a Librolândia, que foi essencial para que toda a comunidade acadêmica da instituição tivesse conhecimento do trabalho desenvolvido em sala e da relevância do assunto. Além disso, nessa ocasião tivemos a oportunidade de passar um pouco do conhecimento adquirido aos que estavam prestigiando. Por fim, o que levo dessa experiência é o conhecimento da língua, mas principalmente a consciência de sua relevância para a sociedade como um todo e, em especial, para a prática médica. Sei que futuramente, o conhecimento adquirido fará um diferencial enorme na minha vida profissional, mais que isso proporcionará a mim a oportunidade de acolher pacientes que se comuniquem por meio da LIBRAS.
    Maria Beatriz Valença Costa Buarque

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    1. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida, tenho certeza que será despertará essa vontade para que na sua profissão venha atender a comunidade surda com dedicação e respeito

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  8. Desde pequena sempre me perguntei como era a comunicação dos surdos e como eles faziam para se comunicarem com pessoas ouvintes, já que a maioria da população não tem o acesso à educação em Libras. Em minha vida nunca tive contato direto com surdo e pouco via esse grupo. De uns anos para cá comecei a vê-los na igreja que frequento junto com um intérprete e ao mesmo tempo em que fiquei curiosa em conhecer a língua, achei interessante aquela linguagem. Assim como eu, a maioria da população não tem acesso a libras em sua vida escolar, isso tem como consequência não enxergar o quão importante ela é para permitir uma comunicação com os surdos e, principalmente, dá valor a essa língua e permitir que os surdos conquistem uma melhor comunicação com a população.
    Então foi a partir do meu curso de Medicina que conheci a Libras e percebi que ela vai além dos sinais, é uma língua que muda ao longo dos anos e consegue expressar a identidade desse grupo. Infelizmente, está sendo um processo mais demorado do que eu gostaria, mas aprender libras para mim pode ser comparado com aprender a falar. Além do conhecimento da língua em si, também foi exposta a trajetória e luta dos surdos e de como foram julgados e sofrem até hoje por serem diferentes da maioria da população. Espero dá continuidade no aprendizado que tive na língua de sinais e poder ter a chance de conseguir me comunicar e consultar alguém surdo sem prejudicar a sua privacidade. A partir dos meus conhecimentos em libras, quero passar para meus familiares um pouco dessa língua. Para mim, aprender a linguagem de sinais é mais do que se comunicar e aprender uma nova língua é possibilitar também que o surdo tenha melhores oportunidades e respeito.
    Ana Carolina Brito Galdino

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    1. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida, fico muito feliz com seu empenho para com a comunidade surda, agora é só praticar para ser uma ótima medica e no futuro com esse diferencial da Libras que teve gostinho de aprender.

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  9. A princípio, eu não possuía conhecimento algum acerca da Língua Brasileira de Sinais e, desse modo, achei que teria uma grande dificuldade em iniciar esse processo de aprendizagem. Entretanto, a maneira como o professor Joilsom ministrou suas aulas, nesse curto espaço de tempo, me fez abrir olhos para a realidade dos surdos brasileiros – os quais, infelizmente, continuam sendo marginalizados na sociedade.
    No decorrer desse período, além de despertarmos o interesse por uma língua extremamente importante para a inclusão social, discutimos questões referentes às dificuldades enfrentadas pelos surdos no seu dia-a-dia, tais como a necessidade de serem compreendidos. Nesse contexto, acredito que a inserção da LIBRAS no nosso curso terá uma grande influência positiva no nosso futuro como profissionais da saúde, tornando-nos instrumentos para a construção de uma medicina mais humanizada e inclusiva.
    Melinna Gomes Cardoso Ferro

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  10. Minha experiência no curso de libras foi extremamente engrandecedora e gratificante. Poder conhecer um pouco mais sobre a população surda e a bela maneira que simples gestos manuais significam um multi universo semântico mostraram-me a importância da comunicação entre seres humanos e ainda, a importância do reconhecimento como mesmo.
    As dificuldades encontradas por esse grupo são diversas e conhecer um pouco mais sobre essa cultura foi imensamente valoroso. No curso médico, a implantação da língua brasileira de sinais se mostra uma importante de maneira de estimular a empatia nos profissionais de saúde e o respeito às diversidades, valores esses que se encontram diminutos nos dias atuais.
    Além dos diversos sinais lecionados em sala de aula, pude perceber a importância que as expressões e o olhar tem para essa população, gestos simples esses que mudam completamente a conduta que um médico tem para com seus pacientes. Tais ensinamentos mostraram a importância do bom tratamento que o médico deve possuir, além de ser compreensivo e respeitar as diversidades.
    As aulas de libras foram um marco na minha vida - tanto como futura profissão de saúde quanto (e principalmente) como ser humano, a partir delas eu pude não apenas aprender um pouco mais sobre os surdos e sua comunicação, mas a importância da superação e força de vontade, visto que as histórias mostradas em sala de aula demonstravam a bela maneira que todas aquelas pessoas tinham de ver o mundo e superar seus enormes obstáculos, mesmo tendo um enorme empecilho de não poder escutar. Foram momentos e ensinamentos inesquecíveis que pretendo carregar para sempre em minha vida, aprender um pouco mais a comunicação e, principalmente, transmitir tais ensinamentos para toda a população.
    Maria Sofia Acioli Barros

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    1. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida, que você seja uma divulgadora da Libras, aprenda um pouco mais para comunicação e, principalmente, transmitir tais ensinamentos para toda a população na sua futura profissão.

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  11. Segundo o censo de 2010, realizado pelo IBGE, no Brasil existem mais de 9 milhões de pessoas com surdez. Diante disso, é fácil perceber quão importante é a familiarização com a linguagem de sinais para surdos, visto que todo profissional de saúde poderá atender pelo menos um surdo ao longo da sua profissão.
    Dentro de uma problemática social tão ampla, a experiência que tivemos com a disciplina de libras, no segundo período do curso de Medicina do Cesmac, me proporcionou uma nova visão e entendimento sobre o mundo dessas pessoas que, por vezes, estão totalmente à margem da nossa sociedade, com seus potenciais esquecidos ou diminuídos.
    Por meio de um profissionalismo brilhante, bem como de uma sensibilidade aguçada para o mundo da pessoa surda, nosso professor pôde, durante o semestre, nos mostrar a real importância do aprendizado da linguagem de sinais. Isso porque, o desconhecimento da mesma pelo profissional de saúde, especialmente pelo médico, faz com que o paciente seja colocado “de lado”, comprometendo sobremaneira a qualidade da interação médico/paciente, tão importante não apenas para o diagnóstico de doenças, como também pela garantia de um tratamento holístico e humanizado.
    Assim, por meio da experiência com a matéria de libras, pude compreender melhor o universo dessas pessoas que enfrentam tantos desafios ao longo da vida e, portanto, tão necessitadas de inclusão. Sou extremamente grata ao nosso querido professor Joilsom, por sua boa vontade e comprometimento, bem como à coordenação do curso por me proporcionar vivenciar uma experiência tão enriquecedora, a qual certamente irá contribuir para que eu tenha uma formação que vai muito além do aprendizado técnico, e perpassa pelo olhar às minorias, de forma que, assim, possamos amenizar eventuais sentimentos de angústia e medo, especialmente da pessoa surda.

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  12. Meus parabéns pela dedicação e a consciência adquirida, fico muito feliz com essa sua perseverança para que no futuro passa dar essa visibilidade a comunidade surda.

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